Review - Braid


Antes de começar o review, gostaria de me apresentar. Sou uma sereja (com s, cim) dos campos africanos de sereja. Como a África não existe de acordo com os EUA, é natural que você não tenha conhecimento sobre as serejas. Enfim, vou fazer principalmente reviews aqui, não esperem posts com notícias minhas.

Braid é um jogo que talvez seja pouco conhecido pelo público brasileiro, infelizmente. Infelizmente, pois esse é um dos jogos de aventura e pluzzle mais geniais que já joguei. É quase assustador a genialidade do jogo, que vai da história a jogabilidade. Este review será curto devido a natureza curta do jogo, mas tentarei ser claro quanto ao motivo da nota tão alta que darei ao jogo (antecipando).

Começo pela jogabilidade. Braid é divido em 6 mundos, e em cada um deles há vários estágios. Estranhamente você começa no mundo 2, e progride até chegar ao épico mundo 1. Tudo se dá na casa de Tim, o protagonista. Toda essa conversa sobre mundos pode ter te lembrado de um certo jogo com um certo encanador gordo e bigodudo. Quem adivinhou quem é não ganha balinha. Continuando, dentro dos estágios você pode se movimentar da esquerda para a direita como em qualquer plataformer 2D. Você também pode pular e esmagar inimigos. É, mais imagens do encanador gordo e bigodudo se formaram, mas ai vem o grande diferencial: O sistema de rewind. Basicamente, você pode voltar no tempo sem nenhuma restrição. Isso normalmente deixaria o jogo ridículo, mas o ponto do jogo não é avançar, e sim recolher pedaços de quebra-cabeças, que devem ser montados para que possa prosseguir. Para pegar as peças, deve-se resolver pluzzles insanamente bem-feitos, especialmente os últimos. Se você não for um bom pensador, vai ficar neles por um bom tempo, que seria o tempo de você resolver abrir a Game Faqs.

Bem, 6 mundos com apenas esse sistema de rewind seria muito repetitivo, por isso, cada mundo tem um sistema "extra". Exemplificando: em um dos mundos, quando você anda para a direita, o tempo corre normalmente, você para, ele para, você anda para a esquerda, ele volta. É puramente genial e cria oportunidades para pluzzles mais difíceis. Há também vários obstacolos nas fases, como blocos que só podem ser atravessados com ajuda de chaves, canhões, etc.


O motivo da imagem acima é para, além de demonstrar alguns elementos dos cenários, mostrar a apresentação do jogo. Ela se dá com um estilo mais cartunesco, geralmente alegre, mas que se degrada com o tempo. A música do jogo também se mistura com o ambiente perfeitamente. Fora a isso não há nada extraordinário, vocês que têm um 360 e são n00bs podem reclamar dos gráficos não serem como os de CoD4 ou de GoW2, mas o fato é que ele é muito bem feito e se encaixa na propósta do jogo.

Vamos então ao que eu considero o melhor ponto do jogo (Embora eu deva admitir que a jogabilidade seja praticamente perfeita): a história. Esse jogo foi feito de forma tão genial nesse quesito, que pode suportar dois tipos de jogador: o que quer é uma desculpa pra ter que continuar procurando uma princesa que está em outra castelo sempre (quem sacas da histórias vai ficar feliz com o itálico), e assim continuar a resolver pluzzles gradativamente mais geniais, e os que querem compreender toda esse abstratismo do jogo, que serve para contar a história de uma bomba. Quem adivinhar qual não ganha balinha. Se você for o segundo, terá de concordar comigo quando digo que a história de Braid é uma das mais bem elaboradas e interessantes que existem. Não vou spoilar, mas se você souber inglês, leia o Plot Analysis da Game Faqs, e se quiser uma dica, repare nas falas da princesa quando vistas ao contrário no final do jogo. Isso vai lhe revelar como a história é genial.


Como comentários finais, gostaria de ressaltar algumas coisas. Primeiro, o jogo tem fator replay praticamente nulo. Há sim o que fazer depois que se acaba com o primeiro mundo, mas é muito pouco, infelizmente. O segundo é o que o jogo é de fácil acesso, portanto, pegue-o o mais rápido possível. Se você é um de jogos como Super Mario Bros e jogos de pluzzle, vai se deleitar.

Plataforma: Xbox 360/PC (em breve, para PS3)
Gênero: Puzzle/Plataformer
Produtora:
Number None
Lançamento:
06/08/08


Apresentação: 9.0 - Muito bem feita, combina com o estilo e a proposta do jogo.
Jogabilidade: 10.0 - Perfeita. Alguns podem reclamar do baixo número de inimigos (2) mas eles são usados de forma genial com cada mudança nos mundos, o que não me incomodou. Foi mais o contrário.
História: 9.5 - Por mais que eu quera dar 10... de qualquer forma, ela é muito bem feita, e a filosofia do jogo é interessante. Faltam histórias contadas assim.

NOTA FINAL
9,5

1 comentários:

Anônimo 8 de agosto de 2009 às 10:03  

Porque não deu 10 para a História, poxa. :( Fora isso, Braid... Sem comentários. É um jogo arte, lindo de se ver, lindo de se jogar, lindo de se imaginar. 9,5 mais do que merecido.